"A Revolução do Truvada"

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Você usaria o Truvada?

Sim. O histórico científico do uso da droga e o uso recreacional feito pela comunidade indica que ele torna a camisinha obsoleta.
2
9%
Sim. Usaria ele além da camisinha como garantia adicional.
10
43%
Não. Não abro mão do sexo com proteção que é a única maneira de se manter livre do HIV.
7
30%
Não. Eu só me masturbo, usando luvas por garantia.
4
17%
Tanto faz. Não me importo com minha situação.
0
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charmander234
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05 Jun 2015, 21:47

Esse é um documentário em três partes chamado "O Fim do HIV? A Revolução do Truvada", por enquanto só em inglês e não acho que traduziram já porque a primeira parte saiu na quarta e a última delas saiu hoje.

Truvada, para quem não sabe, é um remédio que promete impedir a infecção de alguém pelo HIV após a exposição, sendo que esse alguém já é um usuário regular do medicamento. Toma-se um comprimido por dia para gerar uma barreira imunológica contra o vírus. Hoje em dia se fala bastante dele porque a administração de remédios dos Estados Unidos da América aprovou essa medicação para prevenção do contágio e isso gerou bastante discussão. Efeitos colaterais incluem baixa da densidade de minerais nos ossos e redução da função renal.

Aqui se fala dos efeitos do Truvada, do acesso das pessoas a droga e da controvérsia em volta dele e dos resultados em uma era que morrer de AIDS não é mais a única opção com diversos coquetéis que mantém a pessoa infectada viva, além de citar as mudanças de comportamento dos praticantes do sexo sem proteção. O termo é PrEP, sigla em inglês para Profilaxia Pré-Exposição. Existe também a Profilaxia Pós-Exposição, a qual pode ser aplicada até 72 horas após a exposição e é oferecida em alguns hospitais da rede pública.

Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=oYwtMorZbdY
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=-LUq7cGMWNU
Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=96d-qDlzOP8

Artigo no UOL: http://noticias.uol.com.br/internaciona ... listas.htm
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voyeuramador
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06 Jun 2015, 00:34

Falam de camisinha como se fosse um tremendo vilão na hora de transar.

Vi uma vez que a eficácia dela gira em torno de 86% mas que os +- 14% de risco entram na questão do mau uso - colocação errada, falta de lubrificação, estourar durante o ato, sabotagem proposital, usar duas de uma vez, camisinha que fica sendo desgastada pelo atrito dentro de carteira etc.

Pelo látex não passa esperma, não passa urina, não passa fezes, nem herpes, sífilis, HPV... camisinha é e durante muito tempo vai ser a ferramenta mais segura, de modo geral, para evitar qualquer problema entre pênis e orifício.

Mesmo se o mundo fosse livre de DSTs, eu continuaria usando a camisinha para penetração. Por questão de higiene... e porque não estou preparado pra outra criança.
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charmander234
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07 Jun 2015, 11:01

voyeuramador escreveu:Por questão de higiene... e porque não estou preparado pra outra criança.
É parceiro, por isso daí não dá pra abandonar ela. Por esse motivo é de se pensar passar uma fita adesiva na base do pau junto da camisinha.
ricspbr1958
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17 Fev 2018, 14:34

CAMISINHA será assim tão seguro usar?

Basicamente contra o HIV a camisinha protege menos do q se imagina
mas a camisinha ainda assim tem uma certa proteção contra outras DSTs.

Uso de Truvada com camisinha é fundamental, atualmente é distinguida gratuitamente

vejam o q respondi nesse outro tópico
http://eliteacompanhantes.com.br/forum/ ... 77#p783677
ricspbr1958
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17 Fev 2018, 14:41

Acima quis dizer distribuída gratuitamente
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Daredevil ativo
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17 Fev 2018, 20:13

Por enquanto ainda não é tão simples assim adquirir o Truvada, isso para a população geral...já a maioria das trans tem acesso.
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PRAZERESDOVIVER
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17 Fev 2018, 23:35

Acho que precisam ser feitas algumas ressalvas importantes:
- O Truvada é uma droga para ser tomada somente em casos de exposição ao risco de contágio, mas não é para ser usado sempre. É uma garantia para aquelas situações onde ocorre algum imprevisto de alto risco. Somente. Os efeitos colaterais pelo uso frequente ainda são desconhecidos. Não foi para isso que foi desenvolvido.

- Concordo com o que disse o voyeuramador. Camisinha é a única forma de prevenção mais segura. E protege de muitos contágios possíveis.

- Sei que muitas transexuais e garotas de programa vão utilizar para poder dar vazão ao vício de transar sem camisinha. Mas podem pagar um preço alto por isso.

Temos que não deixar que curiosos ou especuladores plantem informações que não correspondem à verdade. No sexo casual e de grande variação de parceiros o uso da camisinha é uma forma de respeitar e proteger também a terceiros. A expansão dos contaminados tem que ser evitada. Temos que nos unir nessa campanha.
moreno.santos
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18 Fev 2018, 18:39

A dita revolução é uma saída de emergencia, camisinha é fundamental!
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Daredevil ativo
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20 Fev 2018, 15:44

PRAZERESDOVIVER escreveu:Acho que precisam ser feitas algumas ressalvas importantes:
- O Truvada é uma droga para ser tomada somente em casos de exposição ao risco de contágio, mas não é para ser usado sempre. É uma garantia para aquelas situações onde ocorre algum imprevisto de alto risco. Somente. Os efeitos colaterais pelo uso frequente ainda são desconhecidos. Não foi para isso que foi desenvolvido.

- Concordo com o que disse o voyeuramador. Camisinha é a única forma de prevenção mais segura. E protege de muitos contágios possíveis.

- Sei que muitas transexuais e garotas de programa vão utilizar para poder dar vazão ao vício de transar sem camisinha. Mas podem pagar um preço alto por isso.

Temos que não deixar que curiosos ou especuladores plantem informações que não correspondem à verdade. No sexo casual e de grande variação de parceiros o uso da camisinha é uma forma de respeitar e proteger também a terceiros. A expansão dos contaminados tem que ser evitada. Temos que nos unir nessa campanha.
Muito pelo contrário, o Truvada é para ser tomado na pré exposição.
E a intenção real, não é a promoção do sexo sem camisinha e sim um aliado ao combate da epidemia, sou de total acordo que seja distribuída gratuitamente para o "grupo de risco", afinal são pessoas que constantemente estão fazendo sexo, e obviamente os que tem a chance de um preservativo estourar naturalmente ou até intencionalmente pela pessoa do outro lado.
Sinceramente acho mais fácil está galera que se diz "fora do grupo de risco" querer usar o truvada para trepar no pelo do que quem faz programas.
Essas meninas de hoje em dia, muitas nem sabem o que é camisinha....muitos caras vão na mesma linha.
As vezes saio com "Civis" que conheço no dia a dia...ou até por aplicativos...grupos que nada tem a ver com a putaria...e a cena é que muitos nem ligam pra camisinha.
Óbvio, não são todos.
Então eu penso, quem é do "grupo de risco" vale e muito a pena tomar e continuar com o uso da camisinha, mesmo com o inconveniente de ter que tomar todo dia, ao menos é um aliado a proteção, já pessoas que não são profissionais do sexo acho desnecessário, convém usar a camisinha.
Ao meu ver coqueteis...truvada..e outras drogas que só controlam a epidemia não devem ser consideradas fim do HIV, fim do HIV será um dia que com uma vacina ele seja eliminado.
No geral o fim da camisinha, ao menos para quem é casado não acabara nunca, afinal existem as doenças venéreas até antes do HIV...hepatite...diversas infecções, você tem uma parceira ao lado não da para vacilar.
Já para quem é solteiro..ai vai da conta e risco, afinal ninguém é dono da bunda ou do pau de ninguém e se ele quiser correr o risco de uma doença é responsabilidade dele.
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PRAZERESDOVIVER
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21 Fev 2018, 04:56

Aprovado uso do Truvada para a prevenção do HIV
A nova indicação possibilitará redução do risco de infecção provocada pelo vírus HIV-1 em adultos de alto risco. Por: Ascom/Anvisa
A Anvisa aprovou uma nova indicação para a bula do Truvada. Com isso, o medicamento poderá ser indicado, também, nos casos de pré-exposição (PrEP) ao vírus HIV-1. A nova indicação possibilitará a redução do risco de infecção provocada pelo vírus quando adquirido sexualmente em adultos de alto risco – homens que fazem sexo com homens (HSH) – e casais sorodiscordantes (em que apenas um possui o vírus). A nova indicação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29/5).
A Agência também publicará a alteração do registro, para que o produto possa ser usado como PrEP. Hoje, o registro é apenas para o tratamento da doença, por isso será necessária a mudança para uso em prevenção.
O Truvada é uma combinação farmacológica de duas substâncias ativas: entricitabina (FTC) e fumarato de tenofovir desoproxila (TDF). A nova indicação prevê a administração do medicamento diariamente, em combinação com práticas sexuais mais seguras.
A prescrição do Truvada para a PrEP faz parte de uma estratégia abrangente de prevenção, já que, de acordo com estudos de eficácia do medicamento para esta nova indicação, nem sempre é efetivo prevenir a infecção por HIV-1 somente com a administração do medicamento.
De acordo com a nova bula, a estratégia inclui:
- Seguir rigorosamente o esquema posológico de administração de Truvada (um comprimido uma vez ao dia por via oral, pelo tempo em que o adulto permanecer sob risco de exposição à infecção por HIV-1), administrando o medicamento independente da exposição ao risco de infecção, uma vez que os ensaios clínicos de eficácia do medicamento mostraram que o efeito protetor do medicamento está fortemente relacionado com a adesão ao uso contínuo e níveis detectáveis de Truvada no sangue;
- Aconselhar os indivíduos não infectados, em tratamento para reduzir o risco de infecção por HIV-1, sobre práticas sexuais mais seguras que incluam uso consistente e correto de preservativos, conhecimento da sua situação sobre o HIV-1 e a do parceiro.
- Realizar testes regularmente para outras infecções transmissíveis sexualmente que possam facilitar a transmissão do HIV-1, como sífilis e gonorreia;
- Informar os indivíduos não infectados em tratamento para reduzir o risco de infecção por HIV-1 sobre, e apoiar seus esforços na redução do comportamento sexual de risco.
Outro fato importante sobre o uso de Truvada é que ele deve ser administrado, no caso da estratégia de PrEP, somente em indivíduos que sejam comprovadamente HIV-1 negativos. Isto se deve ao dado de que Truvada isoladamente pode gerar o aparecimento de substituições de resistência ao vírus caso ele seja administrado em indivíduos com infecção não detectada por HIV-1, pois o Truvada administrado isoladamente não constitui um regime completo para o tratamento.
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Big Django
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25 Fev 2018, 02:29

BEM-ESTAR SAÚDE
29 NOVEMBRO, 2017
A HORA É AGORA
TRUVADA? SAIBA COMO FAZER PARA CONSEGUIR A PREP PELO SUS!

http://www.universoaa.com.br/bem-estar/ ... -pelo-sus/

por Ricardo Vasconcelos*

truvada.jpg

O mês de dezembro a partir de agora será o Dezembro Vermelho, mês da Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids, de acordo com a lei recém aprovada pelo senado brasileiro. Ele se inicia com o já conhecido Dia Mundial de Luta Contra o HIV e esse ano chega com uma novidade importantíssima dentro do enfrentamento da epidemia brasileira. Após muita expectativa, a PrEP enfim vai passar a ser distribuída no sistema público de saúde no Brasil.

Esse é um dos maiores marcos dentro da história da epidemia brasileira de HIV, comparável ao início da distribuição gratuita da terapia antirretroviral para as pessoas que viviam com HIV em 1996. Se a distribuição do tratamento naquele ano foi o primeiro passo para que as mortes por aids no país começassem a diminuir e para que a saúde de quem os tomava passasse a melhorar, a chegada da PrEP esse ano deve ser vista como o início de uma nova era da prevenção, em que se espera ver no Brasil a diminuição do número de novos casos de infecção por HIV.

Essa expectativa vem tanto da inquestionável eficácia protetora da PrEP contra o vírus, associada a uma excelente segurança em termos de efeitos colaterais, quanto da experiência que nos mostraram os lugares do mundo que já adotaram a estratégia. Os exemplos são vários: San Francisco, Nova Iorque, Londres, Austrália, todos eles registrando uma queda inédita no número de novos casos de infecção por HIV depois da chegada da PrEP.

Mas o que falta então pra eu começar a tomar PrEP pelo SUS?

Pra começar você precisa saber que os comprimidos de Truvada já foram comprados pelo Ministério da Saúde e precisam agora chegar ao Brasil para serem distribuídos entre os serviços que farão o atendimento da PrEP na rede pública. Serão ao todo, no primeiro ano, cerca de 10.000 pessoas que receberão PrEP gratuitamente, com a projeção de aumento desse número de acordo com o sucesso nessa primeira etapa.

Se tudo der certo nesse processo de chegada e distribuição dos comprimidos, ainda no Dezembro Vermelho a PrEP já vai ser uma realidade. De acordo com o manual que orienta como será esse atendimento, serão priorizadas nesse momento 4 populações consideradas de maior vulnerabilidade: homens gays, pessoas trans, trabalhadores/as do sexo e pessoas que vivem relacionamentos sorodiferentes (em que um vive com HIV e o outro não).

O simples fato de pertencer a um desses grupos não é por si só uma indicação para o uso de PrEP, mas é preciso também identificar falhas na prevenção com o uso apenas da camisinha. Ninguém será obrigado a tomar PrEP, e a escolha de cada indivíduo deve fazer parte da decisão pelo seu início.

Para retirar o seu Truvada pelo SUS a pessoa que tenha desejo e indicação deverá também ser avaliada e acompanhada no sistema público. Por enquanto não será possível retirar o medicamento gratuitamente usando a receita feita por um médico que faça o acompanhamento na rede privada, como acontece com a terapia antirretroviral para pessoas que já vivem com HIV.

Dessa maneira, se quiser já ir adiantando o processo, será necessário ter um Cartão Nacional da Saúde (Cartão do SUS). Por meio deste site, clicando aqui, você pode obter informações sobre isso.

Serão nesse primeiro momento 36 centros que realizarão o atendimento de PrEP no Brasil todo, que estão nesse momento em fase de capacitação. Cada um desses serviços terá seu próprio esquema de triagem e atendimento de pacientes potenciais usuários da PrEP. Veja abaixo a lista dos centros dispensadores de PrEP:
Prep.png
Sugiro que, por enquanto, os interessados na PrEP se informem o máximo que puderem sobre ela e a Prevenção Combinada. Existem diversos textos aqui no UAA sobre o assunto. É importante ter todas as dúvidas resolvidas antes de começar os comprimidos. Faça uma lista de motivos pelos quais acredita que deva tomar a PrEP para levar no dia do seu atendimento. Liste também quais são as suas dúvidas em relação a ela.

E a partir do início da divulgação do início dos atendimentos no Brasil, procure o centro dispensador mais perto da sua casa para se informar como funcionará o serviço lá.

Estamos na reta final da implementação da PrEP no SUS. Se você acredita que se beneficiará dela, agora é só ficar esperto para as campanhas do Dezembro Vermelho para saber a hora em que estará disponível no serviço mais próximo de você.

Faça parte dessa história e vamos juntos controlar a epidemia de HIV no Brasil.

Ricardo Vasconcelos – Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), é infectologista do Hospital das Clínicas e trabalha no projeto PrEP Brasil.



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